O Demônio da Destruição.
40º Capitulo
Os anfitriões da terra dos gigantes estavam sem saber o que dizer quando Emka falou sobre o que vira há minutos atrás. Elessar transportou-se bem rápido e não avistou o tal gigante... Como isso tinha sido possível se era um gigante? Elessar voltou desolado e Saabah levou-os até seu pai. O Rei Caladan falou triste para o Elfo, que achava que seu amigo Hanwk fora levado à presença de seu filho Targreya e que com certeza os “amigos” não conseguiriam chegar até ele durante a noite, porque seu filho estava em uma terra cercada por magia negra e espíritos malignos. Os “amigos” não tiveram outra coisa a fazer senão esperar e se prepararem para o dia seguinte. Após uma noite sem conseguir descansar temendo o pior, eles estavam prontos para encontrar as terras de Targreya. Caladan explicou onde ficavam exatamente as terras de seu filho e pediu para que os magos não o matassem se fosse possível. Elessar não pôde prometer tal coisa, mas Last que acabava de chegar disse que eles não prometeriam nada desse nível, porque se tratava da vida de muitas pessoas e do mundo! Em seguida chamou os “amigos” para irem até as terras de Targreya!
Os “amigos” caminhavam cuidadosamente sobre a montanha quando sentiram rasgar suas carnes desprotegidas, um vento gélido, que deslizava com as nuvens negras e procurava caminho pelos cumes nus da montanha indo de encontro a floresta sem vida a seus pés. Mesmo sendo um vento tão forte não conseguia mover as árvores mortas e retorcidas. Pois elas eram apenas galhos espalhados. As últimas estrelas desapareceram como se o sol causticante as tivesse incinerado. Elessar sentiu grande saudade da floresta de Uhat que ao menor passar do vento, suas árvores altas bailavam tocando seus galhos uns nos outros, causando um ranger agradável. Aquele lugar onde não havia verde o deixava desanimado. Mas eles precisavam seguir em frente além de caminhar com cautela para não serem descobertos por nenhum dos asseclas do Targreya. Não poderiam ser pegos em uma emboscada, nem descobertos antes que alcançasse suas terras. Mesmo que os ajudantes do Targreya não sejam de gigantes com mentes tão brilhantes, eles possuem o grande desejo de satisfazer seu Mestre que tem o pensamento inescrupuloso de que outras criaturas aquém dele, são seres inferiores.
Naquele momento um sussurro cruzou o caminho dos amigos como uma foice de fio gasto roçando o matagal... Os amigos se protegeram com seus mantos da invisibilidade e deram de cara com um dos guardas e quase emitiram um gemido de espanto... O Gigante que guardava a entrada da cidade não se parecia em nada com os gigantes de Caladan... Ele tinha a boca de lábios finos, retorcida e seca, a pele escamosa e purulenta, estava acima do peso o que causava dobras espremendo seus olhos amarelados. Mais atrás haviam outros guardas que pareciam nervosos, mas o grandalhão sorriu um sorriso imprensado pelo seu elmo que quase não cabia na cabeça. E continuou sua ronda ao redor da grande mansão sobrenatural
O único som que quebrava o silêncio da floresta árida, era o leve barulho de metal arranhando metal que as armaduras dos gigantes faziam quando andavam de um lado para o outro na vigia. As árvores enegrecidas espalhavam-se como grandes espinhos na terra. Foi quando um pequeno ruído preencheu o silêncio... Começando com um som abafado e irreconhecível, mas a medida que se aproximava deu para reconhecer... Era o som de passos elegantes... Passos de alguém calçando botas pesadas e com o tilintar de esporas. Magno sacudiu a cabeça e disse:
- Tive a impressão que estava em um filme de cowboy?
= Então desperte Cigano isso é realidade! Devemos esperar qualquer coisa e sem deixar nossa mente se perder.
Elessar acabou de dizer aquilo e uma luz ofuscante se aproximou acuando os “amigos”. Como se começassem a sonhar de repente: Eles se viram em um cômodo onde o fogo consumia as paredes e tudo que havia nele, em primeira estância, parecia até a grande sala da mansão Vladesk. O cheiro da fumaça escura e espessa era ruim e se acumulava no teto. Enquanto ouvia apavorada o som das labaredas que os cercava, Emka se lembrou do seu maior pesadelo; Essa lembrança transportou-a de volta aos seus cinco anos de idade, quando estava em um aposento exatamente como aquele... Encolhida em um canto, e o fogo se alastrava por todo aposento. Emka no seu desespero viu um pequeno elfo com olhos e cabelos desbotados que refletiam as cores das altas labaredas que crispavam ao redor dela. a pequenina Elfinha fixou os olhos naquele pequeno elfo que se mantinha calmo diante do desespero dela. Ele tinha uma expressão insondável, mas os olhos dele eram expressivos como se aquele local incendiado lhe mostrasse lembranças e fizesse com que sentimentos tomassem conta daquele olhar. Emka abriu a boca e disse algo que fizeram o pequeno elfo se encolher... Mas continuava a olhar para ela. Tinha os olhos fixos.
Uma pilastra fumegante caiu ao lado do elfinho que nem se abalou enquanto Emka se encolheu e apertou seu animalzinho de pelúcia que quando seu pai deu a ela disse que aquele animalzinho iria protegê-la! Então ela apertava como se fosse sua segurança naquele desespero. Quando o Elfinho viu Emka apertando o seu bichinho de pelúcia sorriu. Espelhada naquele gesto Emka sorriu também. O elfinho se aproximou depois daquele gesto em conjunto, ele possuía a pele muito clara, as íris prateadas enormes e os cabelos branco-osso. Quanto mais ele chegava perto Emka percebia que o corpo dele ficava transparente e um pouco sem vida, mas lhe causava conforto como se ela tivesse protegida por um cobertor aconchegante e abafava seu medo. De repente ele estendeu a mão pequenina para a pequena Emka que segurou apertado, a mãozinha do elfinho era muito fria, gélida... Parecia sem vida como os mármores das pilastras do seu reino... Mas muito agradável à pele de Emka. E em meio àquelas terríveis labaredas, pouco antes de o teto ruir toda estrutura corroída pelo fogo, o Elfinho guiou Emka para fora daquele inferno! Essa lembrança mesmo que desesperadora trouxe Emka de volta daquele inferno em que estavam “os amigos”.
Emka olhou seus amigos ao redor dela lutando com suas mentes enfeitiçadas, eles estavam apavorados. Magno gritava! Talvez por estar de volta também, em um dos seus pesadelos. Elessar discretamente punha as mãos nos ouvidos, tentando poupar sua audição daquela barulheira infernal. Last estava levitando de olhos fechados e em silêncio, mas Emka sabia que ele também tinha sido pego por um pesadelo... Ela olhou ao redor e o fogo continuava, mas ela não tinha medo! Sentia o elfinho ao seu lado como antes. (Era o espírito de um elfinho que morrera queimado por pessoas sem coração que incendiaram sua floresta); Emka segurou nos ombros de Magno que se debatia desesperado, ele a olhou com seus olhos castanhos que brilhavam em labaredas alaranjadas. Os olhos azuis da elfa ficaram violeta e os castanhos do Cigano pareciam pegar fogo. Num impulso de acalmar seu adorado Cigano Emka gritou usando seu poder do som para trazer Magno de volta. Acontece que trouxe também Elessar e Last que perdeu a concentração e despencou em cima do Cigano empurrando-o para frente, e consequentemente derrubando Emka. Elessar que voltava a realidade gritou !
= Cigano desperte!
Magno despertou do pesadelo bem a tempo de pegar Emka pela cintura e girar o corpo... Os corpos deles se embolaram e Emka caiu por cima de Magno que amorteceu a queda da Elfinha de todo impacto. Os rostos deles dois estavam tão perto que os narizes se tocaram. Nos olhos de Magno não tinham mais labaredas, mas os de Emka continuavam lilás... Ela rapidamente apoiou os braços no peito dele e levantou ajeitando suas vestes, deu um sorrisinho envergonhado e olhou para Last que provavelmente estaria preocupado com Magno. Mas o Vampiro continuava no chão ainda atordoado. Magno levantou e foi até ele ver o que estava acontecendo, mas antes que chegasse perto Last se levantou dum salto, com aquela expressão debochada e implacável de volta a seu rosto esguio e bonito, Last olhava para algo às costas de Magno. O Cigano olhou em volta, e viu que estavam todos do lado de fora da mansão e que não tinha fogo nenhum. Mas o olhar sério de Last olhando às suas costas o fez virar-se e Magno se deparou com alguém, aparentemente humano, medindo mais ou menos um metro e oitenta, vestindo uma túnica azul tão escuro que se confundia com preto, e calçando botas pesadas, com esporas, os cabelos num tom acinzentado que pareciam até nuvens de um céu tempestuoso preso abaixo dos ombros em uma grossa trança. Os olhos eram totalmente negros, orbitais... Ele deu um passo a frente bateu seu cajado no chão levemente e disse:
- Como voces se livraram da minha magia milenar? Ajoelhem-se diante de Targreya!
Ele falou e ergueu a mão num silêncio ansioso, de quem esperava que algo acontecesse: Como se fossem mesmo obedecer “os amigos” olharam-se e cruzaram os braços; Last se adiantou e disse.
- Nos livramos porque somos uma equipe! Um trabalha pelo bem do outro, o que é bem diferente de voce que exige que te defendam.
- Elessar o Targreya não é um gigante? – sussurrou Magno
= Não Cigano! Ele é adotado! Veio de um mundo paralelo ainda cria recém-nascida, foi trazida por um mercenário e nunca vieram reavê-lo.
Enquanto eles conversavam Targreya ergueu as mãos e sugou o ar, ele fez com tanta veemência que os amigos sentiram-se sem fôlego por uns instantes. A seguir Targreya jogou todo ar sobre os amigos... Magno criou um escudo de raios tão grosso que fez o ar do Targreya parecer um ventinho. Targreya bateu o cajado no chão criando uma esfera negra e atirou contra eles bem rápido, pois sabia que Magno demoraria uns segundos para outro golpe. Elessar criou um campo de força de energia ígnea e ficaram os dois medindo força.... Emka viu o braço do Elfo tremer com o esforço, ela percebeu que ele estava retirando energia de onde não tinha, para conseguir suportar o poder do mago arcano. Emka se pôs ao lado de Elessar e criou uma barreira de fogo entre o escudo dele e a energia arcana do Targreya enquanto Last foi por cima e sugou toda energia do mal, e a seguir devolveu sobre ele derrubando Targreya no chão, com intensidade suficiente para deixa-lo um pouco desnorteado com a força do baque... Mas mesmo no chão ele bradou e um gigante envolto numa armadura brilhante apareceu... Ele girava o corpo para manter a visão dos amigos que se dispersaram ao redor dele. O som do aço da armadura era intenso e alto enquanto ele rodava seu martelo. Os amigos mal podiam acreditar naquele ser imenso a sua frente. Elessar tentou avançar contra o grande guerreiro, ele desviou velozmente e atacou... Antes que seu martelo acertasse o Elfo Magno sacou suas espadas e contra-atacou, no que a lâmina cristalina da “Magnus” cortou a carne do gigante, um raio atravessou de uma perna a outra, eletrocutando o gigante a ponto de poderosas chamas emergirem de seu corpo.
- IMPOSSÍVEL!!!!
Berrou Targreya enquanto invocava alguma coisa... Os “amigos" esperaram, para eles, iriam encontrar criaturas infernais e sacerdotes negros no local depois da invocação do mago, mas eles ainda não tinham aparecido. Emka estava concentrada para usar seus poderes a qualquer momento, quando de súbito foi tirada de sua concentração ao sentir seus cabelos eriçarem ao passar ao lado dela um facho de luz cegante.... Foi um raio elétrico do Cigano que passou junto dela e acertou em cheio o peito de um ser estranho que estava prestes a dominá-la por trás. Emka balançou a cabeça se recompondo e olhando o ser eletrocutado no chão. Novamente Targreya conjurou alguma coisa e ....
Diante deles surgiu Hanwk... Totalmente modificado. Tinha o corpo enegrecido, os cabelos mais compridos e pegajosos, garras e asas de pele e ossos parecendo asas de dragão e os pés parecendo mãos. Emka chegou a cair sentada com aquela aparição e com a voz dele, quando ele disse:
- EU SOU O DEMÔNIO DA DESTRUIÇÃO! E FUI CRIADO PARA DESTRUIR O MUNDO E VOU COMEÇAR POR VOCES MORTAIS!
Emka lançou-se contra ele em sua forma Elemental do fogo com enorme força, mas o demônio se defendeu criando uma onda negra de energia arcana, e com um sopro atirou para trás Emka e seu poder do fogo queimando o braço esquerdo de Elessar que tentou ampará-la. Mesmo com o braço queimado e sem tempo para curar-se o Elfo lançou contra Hanwk um feitiço de todos os elementos, ao mesmo tempo em que Magno lançou seu “AMAHRU”. Uma onda de energia mágica disparou pelo ar na direção do Demônio, mas o fogo negro dele dissipou todos os feitiços, que voltaram como um relâmpago negro na direção da Elfa que rolou para trás. Para que a magia não alcançasse a elfinha Last absorveu todo aquele poder sendo atirado longe. Emka mesmo ferida se levantou e disparou suas flechas numa velocidade que somente ela possuía. Mas as flechas nem se aproximaram de Hanwk... Foram queimadas na aura maligna que tinha ao redor dele. A seguir ele se lançou na direção da Elfa com sua onda negra pronta para um golpe fatal, mas Elessar abriu um portal livrando a Elfa de ser atingida, voltando segundos depois um pouco afastados dele. A tempo de ver Magno desenhar nos céu uma luz azul muito cintilante que caiu como trovão na tempestade, atingindo a onda negra de Hanwk. Mas o demônio empurrou o raio poderoso do Cigano para longe. Os amigos viram ao longe centenas de árvores secas explodirem em chamas escuras e azuladas do poder mesclado dele e de Magno.
Aproveitando aquele momento Emka pegou a espada elfica de Magno em suas costas e com a velocidade do som avançou riscando o corpo de Hanwk, mas não tão forte quanto precisava... E...
O demônio sorriu. Ele percebeu que Emka não queria feri-lo. Então atacou, e a onda negra de magia arcana atingiu o peito da Elfinha, lançando-a longe. Por dentro Hanwk chorava ao ferir sua amiga, mas ele não tinha domínio de seus atos. Estava enfeitiçado. Não podia fazer nada para protege-la. Emka voltou com o peito todo queimado, as vestes chamuscadas deixando seus seios a mostra, mas nem se importou com isso, ela precisava ajudar seus amigos. Elessar estava fraco. Não tinha verde para reanima-lo, a energia que ele conseguia tirar fazia do ar que estava rarefeito. Ela armou seu arco com sua flecha mais poderosa, que ela chama de “destruidora” porque usa nela seu poder do fogo e da velocidade do som. E a elfinha usando um ataque veloz e potente atirou a flecha que explodiu destruindo grande parte do solo! Mas sequer atingiu Hanwk que habilmente se esquivou e com a mão esquerda socou sem hesitar a “destruidora” e a flecha se partiu em vários pedaços. O Vampiro Last foi em socorro da elfinha. Mas Hanwk com a mão direita o jogou para trás com tanta força usando seu poder negro, que quebrou seu braço direito e Last tombou quase inconsciente...O Vampiro levantou-se, cambaleou e consertou seu braço quebrado. Emka mesmo querendo proteger seus amigos a qualquer custo, sentiu que o “meio anão” não era culpado do que fazia, ele estava sendo controlado e disse a ele com toda força do seu coração:
- Hanwk! Nós vamos te salvar!
= Com certeza! Vamos sim!
Disse Elessar. Em seguida seus olhos de estrelas ficaram cinza, Elessar levantou as mãos e girou acima da cabeça criando várias fênix de energia, que passavam uma pela outra no céu atacando Hanwk. Mas o demônio destruiu uma a uma com sua chama negra e atacou Last que tentava se aproximar, mas a elfinha conseguiu acertá-lo com uma de suas flechas perfurando seu braço, ele olhou para ela que estava disparando novamente, enquanto gritava:
- Devolva nosso amigo!!!!
Mas a outra flecha que ela atirou, nem raspou em Hanwk que desviou enquanto preparou um ataque contra a elfinha, antes de feri-la com sua magia negra ele sentiu segurarem seu ombro e olhou para trás... Foi Last em sua forma demoníaca que o segurou com as garras poderosas, em seguida grunhiu de dor ao ter seus braços queimados, mas mesmo assim suportou. Elessar abriu um portal e Last lançou Hanwk numa altura inimaginável. Hanwk voltou no mesmo portal antes que se fechasse para onde estavam antes. Emka pegou novamente a espada élfica de Magno e atravessou o braço do Demônio enquanto ele estava se restabelecendo... Mas o golpe parecia doer mais nela do que em Hanwk. E ele chorava da desgraça que a amizade estava causando na elfa, Aquela criatura que deveria querer mata-lo. Aquela que poderia ser sua melhor amiga e não sua adversária. Hanwk arrancou a espada do braço jogou longe e disse calmamente:
- PORQUE VOCES NÃO APRENDEM DE UMA VEZ QUE NÃO PODERÃO ME MATAR? EU SOU O DEMÔNIO DA DESTRUIÇÃO. INCORPOREI NESSA CRIATURA PARA CUMPRIR UMA PROFECIA E AJUDAR O SENHOR TARGREYA! SE ESSE CORPO QUE EU USO NÃO FOSSE O ÚLTIMO DESCENDENTE DA MONTANHA DOS ANÕES, EU NÃO ESTARIA AQUI SEUS MORTAIS IDIOTAS.
- Não! Voce é Hanwk nosso amigo e nós vamos te salvar! Seja como for.
Enquanto Emka gritava sentia dores em seu corpo todo, mas ela não desistia do seu amigo, do "meio anão" que a salvou da morte.
= Devolva nosso amigo Hanwk demônio! – falou Elessar.
- Voce deixará de ser o demônio da destruição hoje! – disse Last
- Isso ai! Voce é apenas um assecla de um garoto mimado! E nós somos amigos e vamos lutar por Hanwk e devolver a sua montanha, todos nós – disse Magno.
Naquele momento o demônio dentro de Hanwk sentiu o poder que existia na amizade, uma das coisas mais belas do mundo e que ele nunca teve. E gritou:
- EU SOU ASHTRAEL O DEMÔNIO! SOU UMA LENDA!
Os amigos sentiram nesse momento o poder do Demônio falhar, mas ele não deu o braço a torcer. Elessar empunhou pela primeira vez nessa batalha, a sua “Eturiel” fechou os olhos por uns segundos, depois disse enquanto os abria cintilando no mesmo azul da espada:
= Eu também sou uma Lenda! E por isso vou salvar meu amigo!
- DEIXA DE SER PASPALHÃO! PARA QUÊ SALVAR ESSE CORPO INÚTIL QUE EU USO?
Ao terminar de falar Ashtrael deu uma gargalhada:
- Como assim corpo inútil? Ele é nosso amigo! Nós o amamos voce não sabe o que é isso? É quando matamos ou morremos por alguém.
Ashtrael pensou:
- “Não! Assim eles poderão me vencer! Isso é amor!” - e gritou alto e forte:
- CALA ESSA SUA BOCA AMALDIÇOADA ELFA!
Ashtrael estava ficando apavorado! Ele não podia perder ou não seria livre... Ele queria ser livre para fazer com o mundo o que bem entendesse, mesmo que fosse um mundo de demônios. Ele vivia acorrentado a cinco mil anos, e ganhou a chance de liberdade se destruísse o mundo para Targreya... Sem pensar muito o demônio atacou. Mas “Eturiel” repeliu a magia negra que Ashtrael enviou... O demônio da destruição hesitou... Pelo efeito do golpe espectral lançado por ele, os amigos perceberam que o poder de Ashtrael estava desaparecendo gradativamente... Emka cambaleou e caiu ao solo. Elessar correu para ver o que aconteceu a ela. Ashtrael aproveitou o momento e lançou toda sua força contra a Elfa pensando
- "Vou atacá-la, que assim eles irão protegê-la enquanto eu poderei enfim, roubar mais poderes desses quatro amigos idiotas e ficar mais forte". Ashtrael gritou ensandecido enquanto atacava:
- EU NUNCA VOU DEIXAR ESSE CORPO!! OU EU NUNCA DESPERTAREI NOVAMENTE! NUNCAAAAAAA!
Mas ele se enganou... Enquanto Elessar foi até Emka Magno que tinha se recuperado do ultimo poder lançado, atirou seu raio contra as nuvens escuras que rodeavam a montanha dos anões, e recebeu de volta muito mais potente, e enquanto gritava:
- “AMAHRU”!!!!!!!!!!!!!!!!!
Atirou em Ashtrael toda sua força concentrada de raios elétricos fazendo-o parar o ataque imediatamente... Emka que despertava naquele instante viu o corpo de Hanwk cambalear... Os olhos de fúria de Ashtrael o demônio, voltaram ao olhar calmo do jovem “meio anão” Hanwk e ele caiu no chão.
- Hanwk!!!
Gritou Emka desesperada e correu para ele, abraçou o jovem “meio anão” ainda no chão, mas ele estava inconsciente... Os amigos se aproximaram, eles estavam feridos, porém, o que doía mais era nas suas almas e não nos seus corpos. Hanwk ainda respirava com muita dificuldade... O Jovem “meio anão” tentou com o que sobrou de suas forças parecer bem, e falou quando sentiu as lágrimas da Elfa sobre seu rosto:
- Emka é voce?
- Sim! Fica calado! Não se esforce!
- Eu estou fraco... Mas quero... Quero... Agradecer...
- Não fale Hanwk! – implorou a Elfinha
Hanwk levantou uma das mãos até o rosto de Emka, correu o indicador da sua testa até seus lábios onde parou a mão pôr uns instantes, enquanto a olhava e disse:
- Voce é uma Elfa... Eu... Eu sou... Um anão... Mas eu amo voce... Elfa...
E parou de respirar...
Emka levantou-se e abraçou Magno! Elessar e Last chegaram junto deles dois e colocaram as mãos em seus ombros. Ter falhado com aquele jovem corajoso pesava nos corações deles. Magno escondeu o rosto entre os cabelos de Emka que chorava muito e alto. Elessar não conseguiu segurar as lágrimas. Ele não se importa em chorar ele é a natureza. Last abaixou a cabeça enquanto pensava:
- "O mundo está salvo, mas perdemos um amigo. Ele morreu para que salvássemos o mundo... Isso é tão injusto".
Nesse momento ele viu Targreya que saia a francesa de sua mansão negra, andando muito devagar como se algo tivesse pesando nele. Last deslizou até ele e quando o segurou pelos ombros até se assustou! Targreya estava tão velho que era quase impossível reconhece-lo. Last perguntou?
- Para onde pensa que vai ser asqueroso?
- Vou atirar-me da montanha, não me prive da morte, não quero ver meu rosto.
Last olhou para os amigos que continuavam abraçado e antes que eles pudessem perceber, Last Passou as garras com fúria no pescoço do Targreya separando sua cabeça e disse:
- Se voce preparou uma volta triunfal perdeu sua chance!
Em seguida o vampirão incinerou a cabeça dele... Os “amigos” olharam ao sentir o poder das labaredas e foram até ele, Elessar perguntou:
= O que voce fez Last? Prometemos não matá-lo. O Rei pediu.
- Bem Elessar... O Rei falou se fosse possível! E não foi possível.
De repente o corpo se contorceu no chão Emka falou:
- Mas ele está sem cabeça como está se mexendo?
Last virou-o de barriga para cima com o pé e centenas de espíritos saíram de dentro da carcaça de Targreya para seus infernos ou seus paraísos. Os amigos enterraram Targreya na montanha dos anões seu reino de direito. Em seguida foram até Caladan com os restos mortais de seu filho para um enterro. Eles estavam com raiva daquele garoto mimado que queria ser dono do mundo. Mas Caladan era Pai e merecia ser tratado como tal. Os amigos esperaram que o corpo fosse cremado nunca se sabe o que pode tramar um mago negro de magia poderosa. Logo após eles voltaram para seu mundo. Não estavam felizes com a missão, mas estavam felizes por ter salvado o mundo mais uma vez. Mesmo que ninguém lhes desse um troféu por isso.
Bem amigos ouvintes, a história terminou triste para uns, mas muito feliz para a maioria de nós. O mundo foi salvo mais uma vez pelos "Amigos" Até uma próxima aventura. Shubb Raatri
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