Lobo Alpha

51º Capitulo


Esses Clã de pensadores se intitulavam:  Clã “Filhos da Lua” achavam que os humanos transformados não deveriam ser temidos nem respeitados, deveriam simplesmente serem exterminados como seres inferiores que eles são.

O Clã “Filhos da Lua” não respeitava a Lei dos vampiros nem dos Lycans! Embora não dissessem  aos quatro ventos, a sua verdadeira natureza. Eles eram fanáticos! O clã fundou uma verdadeira religião em torno do mítico Pai dos Lycans “Aragone” o vampiro que deu origem aos Lycans. Eles exerciam grande poder político no mundo noturno dos Lycans! A casta “Aragone” que era a Casta que pertencia Ariany! A "Loba" que procurou Megan e Alejandro não acreditavam na igualdade de direitos e deveres para todos os Membros. Aceitavam que os Lycans levassem suas vidas da forma que desejassem, contanto que não interferissem na vontade deles. Entretanto, mesmo que as crenças e os objetivos da Casta “Aragone” parecesse justa e razoável, eram extremamente difícil de serem aplicadas no mundo opressor e miserável que muitos Lycans viviam. Esse clã via os Membros de outros Clãs como idealistas ingênuos. Por essa razão, a aderência de outros Lobos era pensada. Eles sabiam que Malik transformou Alejandro no intuito de maior contingente, mas não sabiam o que foi feito de Malik. O contingente do Malik era formado por vampiros originados de todos os outros clãs mesmo os que nada tinham a ver com o Clã “Shape shifters”

 Depois de saber tudo isso Magno morfou para Ettore para não chamar a atenção, e sobrevoar a cidade em busca de Alejandro e Megan. Como o humano Cigano ele seria imediatamente reconhecido pelos asseclas da "Loba" que eram visivelmente Humanos. Ettore sobrevoou toda Cidade e adjacências e nem sinal deles, durante a noite o local ficava em um silêncio mórbido. E aquela noite não estava das melhores. Chovia e ventava fortemente dificultando o voo do vampiro por entre os prédios da cidade. Ettore já havia rodeado os arredores por duas noites e nada! Como brincadeira a chuva deu lugar a uma garoa insistente. Ettore voltou a forma do Cigano e se encaminhou para o prédio de Megan, as roupas encharcadas o deixava muito irritado. Magno saiu do elevador quando passou pelo Síndico que o cumprimentou. O Cigano estava com a cara amarrada e nem respondeu ao cumprimento. Entrou no apartamento, foi tirando a roupa e jogando pelo chão onde passava, e afundou-se na poltrona. Aquele sumiço de Alejandro estava mexendo com a cabeça dele. Já não bastava sua amiga Sigel estar em perigo. O dia começou a raiar muito mais rápido do que Magno esperava, talvez por precisar tanto da noite para encontrar seu amigo. Ele resolveu que continuaria procurado durante o dia mesmo que fosse sem seu “Mestre” que procurava nos arredores de onde encontrou Malik. 

Tomou uma ducha para harmonizar-se com o elemento água, se vestiu e saiu, a manhã estava raiando. Magno saiu a pé pela cidade, ainda não sabia bem o que faria, estava deixando por conta de seus instintos. Um carro passou bem ao lado dele e Magno não deu muita atenção até ouvir o mecanismo de aceleração diminuir. Seus sentidos vibrantes foram acionados e o Cigano virou-se rápido e olhou na direção do automóvel que tinha os vidros escuros... Ficou com a atenção redobrada e olhou de rabo de olho para o vidro que abria lentamente com mecanismo automático. Magno ouviu uma voz forte e conhecida dizer; 

- Olá Magno! Aonde vai a pé? Entra ai.

O Cigano se afastou um pouco quando a porta abriu para lhe dar passagem; Magno abaixou a cabeça  olhou dentro do automóvel e falou:

- Eugenio eu não quero carona, prefiro andar. O que faz aqui?

- Magno! Deixa de teimosia e entra

Magno entrou, afinal era alguém em quem ele podia confiar.

Eugenio colocou a mão sobre as costas do banco e perguntou:

- Para onde vamos e o que voce procura?

Na mente de Magno reverberaram milhares de perguntas tentado descobrir por si próprio como aquele Nefilin sabia onde ele estava; Eugenio ao seu lado com o automóvel parado esperou que ele se manifestasse e respondesse a sua pergunta: e ele perguntou:

O que faz aqui Nefilin? Aconteceu algo?

Eugenio manteve s olhos firmes nos dele e disse;

- Voce precisa descansar até anoitecer!

Depois disso Magno deu um pulo da cama e sentou sem saber onde estava ou o que aconteceu... E perguntou aborrecido?

- Como me trouxe para cá sem que eu visse? Onde estou?

- No meu apartamento na cidade!

- Voce tem até um apartamento na cidade? Mas eu não posso perder tempo!

- Acalme-se Magno! Já anoiteceu!

- Anoiteceu? Onde está Last?

- Nem imagino onde está o Vampiro! Enquanto voce dormia eu vasculhei sua mente e descobri o que voce está procurando. O Clã “Aragone”

- O que? Voce entrou na minha mente? Com que direito?

- Hierarquia! Sou um Anjo!

- Tá bom e aí?

Disse Magno aceitando o argumento de Eugenio. Ele contou ao Cigano tudo que descobriu enquanto ele dormia. Depois pediu licença e voltou vestindo um, sobretudo negro com capuz e com uma bela espada na cintura, Trouxe para Magno um macacão de couro macio com mangas capuz e ombreiras era uma espécie de armadura que protegia a região do abdômen, com um cinto largo que Magno não quis usar de jeito nenhum. Disse que iria parecer uma fêmea com aquela roupa... Como Eugenio já o conhecia bem não retrucou sobre a vestimenta. Magno voltou a forma do Vampiro Ettore e os dois saíram novamente de automóvel até certa mansão, depois foram caminhando o resto do percurso tentando ser o mais discreto que conseguiam. “Como se fosse discreto um homem vestido daquela maneira, carregando uma espada na cintura, e com um parceiro não menos exótico ao seu lado” Claro que disparavam os olhares desconfiados por onde passavam. Caminharam até próximo ao muro da tal mansão. Eugenio parou embaixo de uma grande árvore, olhou para os lados e viu que pessoas se aproximavam. Ettore levitou ficando longe do alcance dos transeuntes. 

Quando as pessoas passaram, Eugenio deu um salto com os pés unidos esticou os braços e segurou num galho acima de sua cabeça com mais um impulso balançou no galho com destreza e saltou em direção ao muro pousando com agilidade sobre o telhado da mansão que tinha uma grande protuberância de pedra e ficou lá empoleirado feito um pássaro noturno esperando por Ettore que chegou logo depois vindo de cima. Ettore forçou os olhos na escuridão e pode ver duas silhuetas entre as arvores do jardim, farejou o ar e pode afirmar que eram humanos, com certeza, haveria outros humanos dentro da mansão. A ”Loba” não iria querer outros vampiros e Lycans envolvidos nessa missão. Era fácil! Humanos sem escrúpulos fariam qualquer serviço, até mesmo trabalho sujo por algum dinheiro. E quando ela não precisasse mais deles era só descarta-los. Quando um dos guardas andou fazendo a “ronda” indo para onde eles estavam. Eugenio saltou sobre a grama sem peso nenhum, e usou sua grande velocidade correndo para trás de uma árvore. Desembainhou lentamente a espada e esperou que o guarda chegasse. O humano parou revistando o lugar com os óculos de visão noturna e fixou os olhos no pinheiro a sua frente parecendo que viu algo reluzir. Mas não deu muita importância, aquela escuridão o estava deixando de miolo mole, mas era muito mais vantajoso que ser segurança de traficantes. Virou as costas para o pinheiro na intenção de voltar a mansão. Eugenio correu em direção dele bem rápido e o golpeou na nuca com o cabo da espada. Depois olhou na direção que deixou Ettore e disse movendo os lábios sem emitir som, ele sabia que seu companheiro entenderia 

- Vamos logo!

Ettore entendeu, mas ele estava preso num aparelho que transmitia com voz metálica:

*- Matheus responda Câmbio! – Matheus porque não retorna? Câmbio...

“estática”...

*- Matheus eu estou mandando os rapazes aí.


Ettore procurou com os olhos por Eugenio. Ele já estava entrando na mansão se esgueirando pela grande varanda... Ettore precisava avisá-lo que mais guardas estavam chegando. Fez menção de chamar pelo Anjo, mas não precisou Eugenio se virou e deu de cara com um guarda que caiu em seus braços com um cheiro forte de sangue que manchou seu, sobretudo e escorreu pelos lábios do humano. Eugenio levantou os olhos e viu Ettore na posição de lançante, só então ele viu a espada cravada nas costas do homem e o soltou no chão. Eugenio olhou para o “Vampiro prateado” com surpresa, seu olhar ia de surpreso a interrogador. Ettore deu um passo na direção dele, fitou demoradamente o corpo no chão, arrancou a espada do corpo inerte, limpou, embainhou e perguntou: 

- Queria que eu o deixasse te pegar “Anjo”?

Eugenio suspirou balançando a cabeça em desaprovação, pegou sua espada que ele havia derrubado diante da surpresa e voltou para a entrada dos fundos da mansão. Ettore o seguiu. A luz negra do cômodo revelava a maravilhosa antessala que dava para o salão de dança, com o teto decorado por sancas de gesso e lindos lustres, o piso era de mármore negro, havia um caminho de tapete vermelho onde no fim estava escandalosamente um requintado e belíssimo piano de cauda, mas Eugenio e Ettore não estavam nem ai para decoração nem para a arquitetura do local. Eles precisavam atravessar toda extensão da casa, porque a sala que procuravam ficava do outro lado na frente da casa. Onde havia uma passagem para o andar inferior. Era naquele local que os seres noturnos faziam suas reuniões secretas e se escondiam do sol. A casa era toda forrada de madeira o que dificultava encontrarem a entrada a não ser por aonde vieram, porque ainda estava aberta. Ettore disse a ele: 

- Procure do lado direito do corredor que procuro do esquerdo. 

Os dois alisaram cada centímetro da parede até que Ettore alertou: 

- Nefilin! Tem algo aqui, parece uma fechadura! 

Era mesmo uma fechadura discreta, mas não havia maçaneta. Eugenio pôs a ponta da espada e puxou... A porta estava destrancada...  Ettore disse que estava fácil demais. Que não era possível só existirem cinco seguranças em uma casa tão grande enquanto os donos não estavam?

Mas Eugenio com sua "afoitisse" nem ouviu, quando menos Ettore esperou ele já estava dentro do recinto. Pegou no bolso do, sobretudo uma pequena lanterna e iluminou o caminho. Era uma saleta com um lance de escadas Eugenio desceu rápido seguido por Ettore. Chegaram a um extenso corredor. A escuridão não era problema para nenhum dos dois. Desceram até a cripta e seguiram direto pela passagem tentando ser o mais discreto possível. Não queriam ser surpreendidos. Quando estavam no final do caminho perceberam claridade... Os dois passaram a andar mais devagar, Eugenio disse sussurrando: 

- Ouço vozes, estão conversando, mas eu não entendo nada. 

- Não são vozes conversando é um cântico! 

Disse Ettore a Eugenio que perguntou; 

- Como voce sabe que é um cântico e não uma conversa. 

- Consigo identificar idiomas cânticos, evocações e tudo mais... 

Os dois ficaram em silêncio e identificaram vozes líricas entoando deveras um cântico. Aproximaram-se da porta entreaberta e podiam ver tudo que estava acontecendo lá dentro Ettore não gostava do que via... Após a entoação do cântico uma urna foi depositada na pira... Uma luz vermelha foi acesa e desceu as escadas com o corpo coberto apenas por um véu uma bela fêmea com cabelos enormes e quatro lobos negros acompanhando Eugenio sussurrou: 

- Essa é a “Loba” Ariany! A "Alpha"
Ettore estremeceu... Ele não conhecia Ariany, mas sentiu algo forte. Ariany ordenou que abrissem a urna. Assim que abriram um cheiro sufocante invadiu a sala. Ariany se aproximou da urna onde havia um corpo humano seco, esturricado, como se tivessem desidratado antes de coloca-lo na urna.  Ariany ordenou que trouxessem a vitima, e trouxeram uma bela moça de cachos dourados que foi colocada estrategicamente na cabeceira do moribundo. Ettore tentou ir até lá, mas foi seguro por Eugenio. Ele disse nervoso: 

- Precisamos salvá-la aquela é Megan a amiga do Alejandro. Como ela pode estar ali assim. Ela é uma espécie de vampiro muito forte. 

- Precisamos esperar.Se ela é um vampiro sabe o que está fazendo

Ettore esperou sem afastar os olhos de tudo que acontecia. Ariany apanhou um balão volumétrico e despejou algo sobre o corpo seco... A sala foi invadida por um cheiro horrível... Ao sinal dela os asseclas foram repetindo aquele cansativo procedimento com os outros balões volumétricos que se transformaram em litros e mais litros de sangue com anticoagulante, e mesmo assim estavam podres. Pois foram armazenados de qualquer maneira. Aos poucos a urna transformou-se em uma "banheira" de sangue fedorento onde o corpo estava submerso. Ariany enfiou os dois braços dentro da urna e puxou a cabeça do morto para fora e começou a entoar um estranho cântico até finalmente ficar em silêncio. Soltou o morto, pegou um pequeno punhal sobre a pira e foi em direção da Megan. Eugenio e Ettore observava tudo em silêncio. Os olhos de Ariany brilhavam de excitação antecipada quando se aproximou da Megan e ergueu o punhal, Ettore fechou os olhos... Mas ela não cravou o punhal em Megan... Com a mão livre segurou na nuca da moça e levou a cabeça dela em direção à urna, a pobrezinha quase vomitou ao dar de cara com aquele corpo fétido ressecado e banhado de sangue podre. Com um movimento rápido Ariany agarrou o pulso da moça posicionou sobre a boca do defunto e abriu-o com o punhal fazendo um corte profundo... Megan gritou de dor e o sangue começou a verter no mesmo instante molhando o rosto do defunto... Os lábios... O pescoço...

De repete a temperatura na sala caiu vertiginosamente que até Ettore tremeu. Eugenio olhou para ele incisivo. Ettore fez que não com a cabeça... Eugenio disse que poderia ser uma câmara inferior, mas que era improvável. O ar começou a se deslocar por ali em um redemoinho contrariando as leis da natureza estando eles em um recinto fechado, no subsolo e longe de cavernas. Todos os archotes alimentados por gás foram apagados, mergulhando a sala na mais completa escuridão. O silêncio era sepulcral! De repente o vento mudou assim como começou, de gelado para quente. Daquele frio cortante para calor desértico. E as tochas foram acendendo uma a uma com um fogo místico azul. 
Ariany olhou dentro da cripta e arregalou os olhos e os manteve assim sem piscar... Era inacreditável! Ela havia passado e repassado todos s passos daquele ritual várias vezes. Mesmo assim ela estava aparentemente surpresa com o que estava acontecendo. 

Eugenio pingava de suor, suas bochechas estavam vermelhas, ele olhou para Ettore agora que as tochas voltaram e Ettore estava sorrindo. Com o olhar categoricamente tranquilo. Ele começou a desembainhar a espada para um corte com prata em Ettore para trazê-lo de volta, achando que o "Vampiro Prateado" havia sido pego pelo hipnotismo, de algum vampiro aliado que pudesse estar ali sem que eles tivessem visto. Ettore levou a mão aos lábios ordenando num gesto que Eugênio fizesse silêncio. Ele não obedeceu, então com um gesto Ettore o paralisou. A seguir falou no ouvido dele. 

- Apenas observe Eugenio! Eu estou bem. 

As “lobas” presentes estavam todas paralisadas seus pensamentos e ações estavam congelados. Assim como todos os que participavam daquele ritual macabro. Ettore sabia o que viria em seguida. Ariany paralisada, estática viajou para um tempo e espaço longe dali. Lembrou-se das caçadas que realizou, lembrou-se de cada uma das vitimas que “matou” e depois extraiu de forma rudimentar suas almas e armazenou nas “Lobas” para que lhes servissem. De repente o cheiro forte de todo aquele sangue fez todas as "Lobas" e alguns vampiros presente, grunhirem mecanicamente. Ariany tinha alimentado a todos, mas mesmo assim não deixava de ser sangue o que a gula vampírica desejava. Eugenio conseguiu falar telepaticamente com Ettore... Porque ele estava paralisado  pelo “Vampiro Prateado” 

- Temos que agir, eles vão atacar.

Ettore soltou o Nefilin bem a tempo de ver todo o sangue que estava dentro da cripta começar a borbulhar como se estivesse sendo fervido por alguma chama invisível. Ariany gritou; 


- Consegui! Eu estava com medo de que o sangue velho e mal armazenado não surtisse o mesmo efeito. Eu não tinha como trazer tantas pessoas até aqui sem causar desconfiança, estamos na cidade. E eu precisava reviver o corpo dele antes que passasse o tempo certo e esse ritual não tivesse efeito. Mas agora meus queridos eu provo para vocês que eu consigo fazer reviver um Vampiro e posso fazer com qualquer um. Apresento a voces meu consorte!

Ariany acabou de se vangloriar e debruçou sobre a cripta levando um grande susto... O defunto se levantou segurando na borda da “banheira” se ergueu, e alavancando o resto do corpo. Jogou sangue para todo lado. O corpo se levantou e saiu do seu "banho"! Ainda tinha os tendões e músculos expostos, os olhos sem pálpebras estavam injetados de vermelho, o rosto sem pele estava desfigurado, mesmo assim era possível encontrar escarnio e muito ódio nele, assustando os participantes. Ariany falou tentando acalmá-los. 

- Acalmem-se! Ele não fará mal algum a voces. Ainda está muito fraco para tentar qualquer coisa. 

O defunto em carne viva procurou ao redor até encontrar Megan. Quando a encontrou olhou-a agradecido. 

Ela foi até ele, o ajudou a se manter de pé e disse; 

- Bem vindo Meu Senhor! 

Ele balbuciou: 

= Meg... gan.. 

Para surpresa de todos que se olharam incrédulos. Como ele saberia o nome da mulher que o ajudou?. A moça apenas sorriu. E perguntou: 

- Quais são os seus desejos meu senhor? 

O homem olhou em volta e disse; 

= Sangue! Preciso de sangue! 

Eugenio falou: 

- Vou mata-lo agora ou será tarde. 

Ettore fez 

- Psiiiiuuuu olhe! 

Eugenio parou com a espada em punho e olhou. O Moribundo levantou a cabeça, suas narinas eram apenas furos no rosto, mas ele conseguia captar os cheiros do ambiente. Ele fechou os olhos e inspirou sentindo cada fragrância dos humanos e dos Lycans que havia no recinto, quando abriu os olhos foi na direção de Eugenio e Ettore quando estava bem próximo, olhou para Ariany que esperava segurando no pulso de Megan para dar de presente ao seu consorte para ele drená-la totalmente. Ele deu um leve sorriso. Virou na direção de Ettore ergueu os dois braços e incendiou! Diante dos olhos estupefatos de Ariany e de todos os humanos, vampiros e Lycans que se afastavam com medo do fogo. Ariany se protegeu atrás de suas “lobas” que gritavam de medo presas ali naquele recinto. Ariany disse pesarosa. 

- Tanto trabalho a toa! Vou vê-lo se desintegrar diante de mim. 

Mas o moribundo não desintegrou ele cresceu, cresceu, os vampiros estavam em polvorosa, porque vampiros queimam. Depois de ficar gigante ele foi apagando e transformou-se em água, um grande ser de água. Os vampiros e “lobas" acharam estar em um pesadelo coletivo. Como aquele vampiro recém-criado fazia algo como aquele feito?? 

A água se evaporou dando lugar a um ciclone que passava por todos os seres sobrenaturais ali naquele recinto sem ter para onde correr. Cada parede tinha dois metros de espessura, aquilo era uma fortaleza criada pelos Lycans para suas reuniões. O ciclone jogava uns contra os outros. Depois se tornou um ser de energia e voltou ao tamanho normal. Com alguns movimentos das mãos ele vestiu-se e deu atenção a um odor muito mais gostoso que havia sentido momentos antes. Foi até Megan pegou-a pela mão e trouxe para junto de Eugenio e Ettore diante do Clã "Aragone". Ariany tentou se rebelar, mas Ele ordenou; 

= Cale-se! Meu nome é Alejandro Hewah! Sobrenome herdado do meu criador. Eu sou o senhor de todos vocês! Quem ousa rebelar-se diante de mim? 

Não houve respostas: Ariany pediu ajuda para seu clã dizendo que Megan havia interferido na cerimônia. Que tinha dado errado por culpa dela. Os membros do Clã “Aragone” disseram que: 

- Ela não se manifestou até que o seu Alfa a trouxe até nós pela mão. Isso prova que ela é inocente. 

Alejandro sorriu enquanto se encaminhava para Ariany e num relance que recebeu - Ohhhhhh !! De todos os presentes. Alejandro a segurou pelos cabelos puxou-a para si e a beijou. Assustando a Eugenio,  Ettore e a Megan... Que abaixou a cabeça. Quando acabou o beijo todos estavam em silêncio sem entender o porquê daquele gesto... Só entenderam quando viram que Ariany estava completamente paralisada... Alejandro pegou-a e mergulhou dentro da urna de sangue envelhecido todos viam as bolhas subirem ela sentia tudo, mas não podia se mover. Alejandro falou: 

= Todos vocês estão livres da “Rainha Ariany” isso se quiserem ser livres! Ela acaba de deixar de ser Alfa. 

Eles se voltaram para ele e fizeram reverencias. E o mais velho dos Lobos perguntou? 

- Quem é essa bela moça que Ariany trouxe para sangrar para voce? 

- Ela é um Vampiro Natural! Um Danphiro. Uma Elementarista e me fez cria dela quando meu criador morreu me deixando incompleto. 

- Os lobos fizeram reverência a Alejandro e Megan e Calixto falou por todos. 

- Estamos ao seu inteiro dispor meu Senhor. Somos seus servos. 

= Hey! Voces estão equivocados! Eu não os tirei de uma prisão para coloca-los em outra, eu não os quero como servos. Quero que cada um siga sua vida como bem entender, mas sempre respeitando as regras Que é o que manterá a todos “vivos” Porém se quiserem continuar a mercê desta tirana estejam a vontade, daqui a doze horas ela vai poder se mexer. 

Tudo aquilo se passava tão rapidamente! Mas para o "quarteto das lobas” que sempre acompanhou Ariany parecia que tudo se passava em câmara lenta, ninguém conseguia acabar com aquele torpor. A única conclusão que conseguiram chegar foi que tudo aquilo era surreal demais. Então ficaram quietas. 

Eugenio perguntou: 

- Rapaz se voce é tão poderoso como chegou aqui daquele jeito ressecado. 

-Bem Eugenio! Eu tive um encontro com Ariany na casa da Megan que estava me ajudando a ser um Vampiro Elementarista. Saímos de lá e alugamos uma quitinete num local neutro, mas não sei por que cargas d’ água ela cismou comigo quando soube que Malik morreu. Uma noite eu estava me transformando em terra com a ajuda de Megan quando eu fui raptado pelas “Lobas” da Ariany ainda em estado de pó, e quando eu estava me regenerando devagar porque eu fazia com auxílio da Megan Ariany me deixou daquela forma retirando toda essência do meu corpo, dentro de um tubo, onde me pareceu que existia raios ultravioleta. Fala a sua parte Megan. 

- Bem, eu me fiz invisível para poder salvar Alejandro. Tinha uma matilha muito grande e eu era apenas uma. Eu soube com minha audição apurada que ela estava procurando uma moça para dessecar quando revivesse Alejandro e me coloquei no lugar certo na hora certa, o resto voces já sabem. 

- Eu não sabia que se tratava da Megan, mas sabia que tinha sido alimentado por um humano pela primeira vez. Eu tinha ouvido o plano delas em me dessecar para me “reviver” aqui na fortaleza como seu Macho Alfa. Eu esqueceria de tudo com o hipnotismo dos vampiros a não ser dela. Eu resolvi deixar que fizessem, assim quando ela estivesse me “revivendo” eu estaria livre do hipnotismo, porque ela queria que eu estivesse com ela por vontade e não hipnotizado. Então eu arrisquei.  Pensei que se eu mostrasse parar todos os lobos e a todos da minha espécie que não somos obrigados a servir, eles poderiam ser livres. Assim como os seres humanos que algum dia alguns de nós  já fomos, só precisamos seguir a regra do bem viver, e não seguir seita alguma. Não somos seres amaldiçoados, temos uma anomalia. Podemos viver bem com elas. 

Todos os presentes ouviram atentos e em silêncio Alejandro explicando para Eugenio. Os “pensantes” do Clã “Aragone” foram a favor do pensamento de Alejandro eles nunca gostaram de ser chamados de membros. Eugenio perguntou; 

- E esses poderes? 

Alejandro respondeu orgulhoso: 

= Eu sou um “Elementarista” 

- Mas voce não foi transformado? 

= Sim eu fui! Mas tive um ótimo professor “Elemental”. 

- Não sei! Vejo que voce é bem diferente de toda a espécie que conheço. Mas eu sou um Exterminador eu deveria acabar com voce porque voce é Vampiro e é possuidor de tanto poder. 

- Voce não vai fazer isso Eugenio! 

Falou Ettore que estava não se sabe como ao lado de Last que esperava a resposta do Nefilin de braços cruzados. Imponente. Eugenio pensou um pouco e depois disse:

- Está bem! E darei um voto de confiança a esse seu amigo. Espero não me arrepender. 

Ettore falou para Eugenio: 

- Te agradeço Eugenio! Agradeço por ter me ajudado a encontrar meu amigo, mas eu confio nele! Pode confiar em mim. 

- Vou confiar sim! E se ele me decepcionar irei atrás de voce "Vampiro Prateado"

- Posso pedir a palavra Senhor exterminador?

- Sim o que deseja?

- Gostaria que voces escolhessem um líder entre nós.

- Não podemos fazer isso Não somos Lycan!

- Tudo bem tenho um jeito de fazer:

 - Como Alejandro. 

Perguntou Megan preocupada e ele respondeu tranquilamente

- Ettore use seu poder queime-os com seu poder! Aquel que tiver o Dom de ser um Alfa se apresentará.

- Como saberemos Alejandro?

- Não pergunte amigo apenas faça.

Ettore se preparou... Antes pediu aos vampiros que se abrigassem como pudessem, e cerrou os punhos para não fazer nenhuma besteira, os presentes no salão não conheciam esse poder... Ele estava pronto, mas a indecisão estava prensada nos músculos do “Vampiro Prateado” Ettore estendeu as mãos para frente, seu cenho estava contraído muito mais que o normal. Uma leve tremedeira se abrasou pelo corpo dele. Ettore sentia os dedos queimarem contra a tensão das ondas elétricas. Como podia estar sofrendo por seres que ele não conhecia. A tensão estava cada vez mais forte... Todos esperavam o que seria esse poder que poderia ferir os vampiros. Last se aproximou e colocou a mão sobre o ombro de seu pupilo. Era bonita e tranquilizante a visão dos sois vampiros idênticos, tendo como diferença apenas os cabelos. Last apertou o ombro de seu pupilo e Ettore se acalmou fez um movimento brusco, repentino e gritou coma a voz rouca de emoção: 


- AMAHRU!!!!!!! 


Os raios partiram de sua s mãos em uma esfera que cresceu e ricocheteou na sala acertando todos que estavam ali... os Lycans que ainda estavam na forma humana se transformaram com a dor que sentiram ao ter seus corpos queimados, cortados pelos raios do “Vampiro Prateado” Last foi atingido caindo no chão  e Ettore parou seu poder imediatamente para atender ao seu “Mestre”. Todos os Lycans gritavam de dor, alguns com queimaduras muito profundas que eles faziam curar aos berros ... Entre eles um Lycan que usava um casaco de capuz saiu do meio dos outros e veio acudir o Vampiro Last. Ele tinha muito carinho com o Vampirão curava as feridas dele sem se importar com as suas. Eugenio falou a Ettore: 

- Acalme-se Ettore! Last é um vampiro logo estará bem. Voce não usou ultravioleta apenas eletricidade. Deixe o "Lobo" ajuda-lo. 

Ettore se levantou, e enquanto olhava o "Lobo" fazendo a cura em seu "Mestre" notou que ele se esvaia em sangue... Que sua roupa estava encharcada de sangue. Ettore se preparou para ajuda-lo, mas Alejandro segurou-o e pediu que esperasse. Nesse momento Last se levantou do chão segurou o "Lobo" pelas mãos, suspendeu os braços dele diante do rosto assombrado do jovem "Lobo" que não entendia o que estava acontecendo e Last disse para todos ouvir. 


- Aqui está seu ALPHA! 


Os Lycans pararam de urrar de dor e olharam na direção do rapaz que tinha os olhos vermelhos. Apenas os Alphas possuem olhos vermelhos.

O Vampiro que fazia parte do Clã “Aragone” perguntou: 


- Como voce soube que era ele antes mesmo de ver seus olhos? 

Last respondeu:

- Porque na verdade um "Alpha" se comporta como ele fez. Pensa primeiro no bem estar de todos a sua volta! Não precisa ser um lutador feroz para seu um "Alpha". O macho "Alpha" diferente do que possa parecer: pode intervir de forma decisiva em uma caçada, mas, imediatamente após a captura, decide ir dormir até que todos estejam satisfeitos. “A principal característica de um lobo macho"Alpha"”, é sua discreta confiança e segurança sobre si mesmo. Sabe o que tem de fazer; sabe o que é melhor para sua alcateia. "Dá exemplo. Sente-se à vontade. Exerce um efeito calmante”. Em suma, o macho Alpha não é agressivo, porque não precisa ser. “Pense em um homem confiante ou em um grande campeão"; que já provou tudo o que tinha de provar. Imagine isto: agora pensem em duas alcateias de lobos. Qual tem mais probabilidade de sobreviver e se reproduzir, o grupo cujos membros cooperam, compartilha e se tratam com menos violência ou o grupo cujos membros estão se atacando e competindo entre si o tempo todo?”.

Imediatamente todos os Lycans se curvaram com a mão no peito diante de seu novo Líder.

- Então, não tenho mais nada a dizer.

Dizendo isso Eugenio abriu suas asas e girou formando um portal que o levou embora dali.

Ettore e Last saíram dali em companhia de Megan e Alejandro. No caminho Megan perguntou a Alejandro:

- Porque voce a beijou? Voce gostou dela?

Alejandro sorriu e respondeu

- Não! Apenas queria deixa-la paralisada. Descobri que meu beijo pode paralisar! E também queria deixar meu gosto para ela saber o que perdeu.

Megan abaixou a cabeça em silêncio... Alejandro pegou-a nos braços e girou sorrindo.

Ettore e Last se afastaram deixando os dois sozinhos e o “Vampiro Prateado” Perguntou:

- O que voce achou Last? Fizemos bem? É mais um Vampiro.

- Não me preocupo com ele “Garoto” Agora ele é “O Verdadeiro Vampiro de Dublin” 


Shubb Raatri Amados.

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