Enfim, O Encontro

Batalha Final

Parte 6

“Montanha Branca” Esse nome foi dado a montanha por ter em seu pico uma grossa camada de neve que não descia mais depois de certo ponto. Parecendo ser protegida por uma espécie de barreira de transferência que segurava os grossos quilômetros de neve a certa altura. Abaixo dessa camada de neve a temperatura era amena como em dias de Primavera. Aos pés da montanha e praticamente incrustada em um Outeiro, ficava a pequena cidade de “Valika” que se mesclava à paisagem. Os Cidadãos construíram suas casas, parques, praças, comércios, etc. sem agredir a natureza. A parte do sopé da montanha onde estava o Outeiro privilegiadamente ficava em um côncavo de uma grande clareira situado num relevo acidentado, mas com vales e encostas suaves, com a extensão de 120,80Km quadrados e aproximadamente 15 mil habitantes. Isso fazia com que o ambiente fosse o mais sustentável possível. Principalmente em relação ao aquecimento e ao resfriamento natural. Um verdadeiro paraíso! 

Bem meus queridos ouvintes: Um paraíso até que o malfadado Almodoha invadiu a montanha com suas criaturas tenebrosas. O Mago se apossou do cume da montanha que era coberta de neve e de difícil acesso, e construiu nas grandes cavernas uma luxuosa mansão usando trabalho escravo. A mansão foi construída com todo aparato indispensável aos imóveis situados em uma região tão gelada. O acesso ao interior da mansão era feito através de tuneis subterrâneos com claraboias. Nas salas e nos aposentos superiores havia recortes de vidro que permitia a entrada da claridade, na maior parte do dia. A calefação era feita através da lareira e pequenos aquecedores Realmente uma mansão luxuosa! Afinal, foi construída para uma Rainha. A bela Rainha harpia “Olhos de Jade”. Mas quando Almodoha foi busca-la, não teve acesso a sua “masmorra real” construída pelo “Anjo do Cristal”. Ele não conseguiu entrar nem mesmo com todo o seu poder. Por esse motivo e movido de grande ódio, resolveu acabar com os mundos das criaturas que ele mais odeia que são: os humanos as harpias e os Nefilins. Em sua mente destorcida ele sentiu que somente assim ele poderia reaver sua amada Rainha “Olhos de Jade”. Então deixou que sua alma fosse totalmente tomada pelo espirito do mal que o transformou em “mago negro”. Com a magia negra conseguiu criar muitos seres malignos, “reviver” cadáveres, Criar os demônios das sombras e até os vampiros morcegos. Por fim cobriu toda montanha com a escuridão parcial. Os moradores têm apenas algumas horas do dia com claridade. Isso até que ele consiga transformar o mundo em total escuridão com seu ódio e sua fixação por destruir os mundos.

Capitulo 57

Acabava de escurecer o breve dia, quando chegou à grande porta do túnel que dava acesso a mansão não se sabe como... Um Majestoso Mago! Com cabelos compridos passando da altura da cintura, bastante alto para um humano, olhos azuis vivos e marcantes como o espelho de um lago cristalino, o físico esguio apresentando aparente fragilidade, (apenas aparente) Suas vestes como a maioria dos magos eram clássicas, sem vida, sem costuras, um casaco longo em um tom verde folha seca, quase marrom, os calçados da mesma cor trançados em formato de X com tiras de couro, por baixo do casaco, calças largas, uma camisa de tecido grosso e uma corrente grande suportando um medalhão circular com doze saliências representando os raios solares. Em seu rosto alguns pontos marcados como tatuagens. (em seu mundo representavam os pontos de poder). Anéis em quase todos os dedos, um cajado reto com um cristal na ponta. Ah e guizos nas orelhas pontudas. Era o Mago Sion de Vangah que encontrou a mansão de Almodoha. 

De repente ele ouviu um barulho ensurdecedor de gritos e blocos caindo, Sion suspendeu as mãos usando um poder de força concentrada, abriu a grande porta e se deparou com um ser gigantesco parecendo um homem-dragão de quatro metros... Ele possuía olhos vazios, escamas verdes e garras equivalentes a punhais... No tamanho e na periculosidade. Ele carregava uma grande sexta com seis ou oito humanos dentro se debatendo. Sion com um golpe de poder vindo de suas mãos derrubou a sexta e os humanos se espalharam desesperados para fugir do Homem-dragão. A criatura deu uma tapa no mago jogando-o longe, em seguida soltou um bafo de calor e avançou furiosamente sobre Sion... Ele se esquivou para esquerda rolando no chão, mas sentiu que algo havia acontecido às suas costelas... Levantou-se bem depressa e proferiu um feitiço de paralisia, ele precisava de tempo contra aquela criatura... A magia não surtiu efeito, porque não ultrapassou as escamas do homem-dragão. A criatura contra-atacou tentando agarra-lo com suas grandes e perigosas garras da mão direita, uma, duas, três, quatro, cinco vezes... Mas Sion se esquivava com tamanha rapidez que o gigante parou de atacar e encarou aquela pequenina presa que o deixava exausto daquela maneira... 

Sion pulou para trás de uma saliência na entrada do grande túnel e subiu por ela depois saltou para uma marquise mais alta que o gigante e esperou, enquanto a criatura preparava o próximo ataque com seu bafo escaldante... Quando ele abriu a grande boca para queimá-lo Sion atirou dentro da garganta dele sua “adaga envenenada”. O homem-dragão nem conseguiu atirar seu vapor escaldante diante de tão poderosa arma que combate qualquer feitiço... Ele ficou paralisado por alguns minutos até que Sion proferiu umas palavras magicas e a “Adaga envenenada” voltou à sua mão. O Homem-dragão de olhos vazios se debateu violentamente com as mãos sobre o peito e desabou estrondosamente entre as estruturas rochosas do túnel, fulminado com a língua para fora. 
Sion olhou para aquele gigante no chão e puxou o ar. O cheiro de enxofre era insuportável e seu pulmão estava perfurado devido as costelas quebradas... Mesmo assim ele conseguiu destruir aquela criatura. Os humanos foram até Sion ajuda-lo. Mas o Mago nem se importava com ajuda para seus ferimentos, ele perguntou como poderia adentrar a mansão? Um deles, disse que tinha trabalhado na construção e ensinou ao mago como chegar ao interior da mesma, mas disse que primeiro iria leva-lo para se curar. Sion disse que não precisava que ele se curava sozinho e perguntou se existia um rio por ali. Os humanos indicaram o caminho. Sion levou-os para baixo e se tele transportou para o rio. 

Enquanto isso Sigel também havia descoberto o esconderijo da mansão e estava se transportando para lá com a ajuda do Eugenio. Chegando à entrada do túnel Sigel pediu que ele voltasse para ajudar a Elessar com os demônios das sombras e começou a procurar o mecanismo que acionava o transporte para o interior da mansão...  Dentro da mansão no subsolo em uma grande sala sombria, Magno começou a despertar... Á princípio, pensou que estivesse cego, mas logo foi conseguindo enxergar tudo a sua volta. Ficou impressionado quando pôde ver; sentado à sua frente, um belo humano muito jovem vestido elegantemente e segurando uma bengala com a “mão” de prata. 

Ele parecia tranquilo a esperar que o Cigano despertasse completamente. Magno despertou e sentiu que estava preso... Ele estava de pé e preso pelos braços e mãos, tentou soltar-se usando seu poder dos raios, mas não adiantou, estava preso por alguma magia negra. Precisaria estar mais forte para se soltar. Então se acalmou para tentar quando estivesse pleno e continuou calado olhando seu algoz de frente. O Jovem se levantou chegou perto dele e perguntou:

- Que tipo de humano é voce?

- Como assim? Só existe um tipo de humano! Se voce estiver querendo saber da minha estirpe ou casta: eu sou um Príncipe cigano.

- Não! Não! Estou falando de criatura.

- Mas porque essa pergunta? Quem é voce?

- Eu sou Conde August Almodoha!

- O QUÊ? Almodoha é um ancião.

- Bem voce não deixa de ter razão. Eu não sou apenas um “mago negro” e por isso minha aparência continuará jovem para sempre.

- O que voce quer dizer? Desembucha logo

- Acalme-se “Cigano”! Vou explicar:

Na segunda era, enquanto batalhavam as Harpias humanos e Nefilins. Os demônios do subsolo devastavam seus mundos. Sobraram poucos sobreviventes em alguns lugares. Os seres humanos desesperados criaram uma aliança com elfos e isso acabou com as guerras fazendo com que magos e demônios migrassem para terras isoladas. Enquanto os ativos nas batalhas lutavam para restituírem as civilizações, eles eram atormentados por visões de uma escuridão crescente de um mal renascido. Nessas terras isoladas que os bruxos se esconderam ouviam-se sussurros e eram visto sombras vagantes por todo território. Foram enviados magos de todos os mundos para descobrirem as origens das sombras e eles não voltavam. "Um deles fui eu". Foi quando me apaixonei pela Rainha das Harpias que estava em guerra com Nefilins e Humanos. Engajei-me na batalha delas e para vencermos a guerra me entreguei a escuridão, enganando um demônio que as ajudava. Mas esse demônio imbecil não usava seus poderes demoníacos, porque ele era a menina dos olhos de um Anjo. Quando o demônio conseguiu chamar esse tal Anjo para ajuda-lo tudo mudou: o Anjo pôs fim a batalha e prendeu minha amada em uma "masmorra angelical". Sem ela...  Tudo que eu fiz perdeu o sentido. Então apelei para todos os meus poderes e fui além... Encontrei na cidade de "Bellamih" na França um “Strigoi” que era um vampiro interplanetário que rondava os arredores fazendo vítimas. Ele era da espécie que voce viu na caverna. Ele me transformou em um da sua espécie, mas ao deparar com meu poder mágico ele tentou me matar, mas as estacas não penetravam meu corpo nem a prata me fazia mal. Meu criador me fez a perfeição vampírica. 

- Percebi! Sua bengala tem a “mão” de prata.

- Bom observador! Continuando: Eu o matei! Mas antes de morrer ele me disse que eu nunca transformaria nenhuma criatura em um igual a nós dois, porque eu tinha o sangue de um demônio e ele não era morto vivo. Era de uma espécie de ser bebedor de sangue. Que somente um verdadeiro “Strigoi” poderia transformar um humano em um igual. Disse que quando eu mordesse alguém ou desse para algum ser, o meu sangue, as minhas criações seriam aberrações vampíricas e morreu a seguir. Fiquei sem saber o que eu seria ou o que eu faria, então comecei a testar meus poderes. Criei realmente vampiros horripilantes que não poderiam passar despercebidos entre os humanos que é o objetivo dos vampiros. Eu criava os tipos “Nosferatus” que são os vampiros rejeitados pela “camarilha”. Os Nosferatus possuem aparência assustadora, seus habitats naturais são os subterrâneos das cidades, que eles conhecem como a palma de suas pobres mãos. Por terem uma aparência repugnante, sua principal disciplina é a Ofuscação. São vampiros que transmitem doenças aos humanos. Esses vis Humanos que são lixos emocionais! E melhor que comê-los e ver seu olhar arrogante desesperado na hora que veem as presas sagradas de um vampiro se aproximando. 

- Não se esqueça que voce está falando de mim! Eu sou Humano!

- E daí? Então voce é um desses seres desprezíveis que a centena de anos mataram milhares de aborígenes e destruíram trinta por cento da terra. E voces odeiam os vampiros? Estão por ai destruindo minhas criações e tentando me destruir. Ao invés de tentarem me destruir o que não conseguirão, deveriam passar para o lado vencedor.

- Como assim lado vencedor? Voce não venceu nada!

- Não venci? Voce reparou minha mansão? Quando a criei preservei tudo! Não destruí nada em volta. Só mudei de ideia ao perder minha amada. Ao contrário de voces os tão famosos seres humanos que dizem amar a natureza, na desordenada vontade de extrair minérios destruíram seu ecossistema, as formas de vida nativa sofreram mutações, adoeceram, morreram. Voces os Humanos transformaram planetas em latas de lixo, desertos em aterros sanitários. E querem destruir os vampiros? Vampiros são amáveis se voces os compararem com os humanos. Estar do outro lado tem benefícios maravilhosos. Posso citar as melhores: A força e a imortalidade.

- Voce prega isso tudo e seus monstros estão matando as pessoas inocentes que vivem nessa montanha.

- Como eu disse! Seres humanos são desprezíveis. Vou destruir todos e quero contar com a sua ajuda, voce tem muito poder. Curou-se de uma ferida feita por uma espada que varou seu pulmão e saiu no tórax. E tem imunidade ao meu poder vampírico.

Ouvindo isso Magno quase perdeu os sentidos por um momento e pensou:

- “Santa Clara! Ele me mordeu... Eu vou me transformar em um tal de nosferatus... Ué! Mas ele disse que sou imune... Não entendo... Last sempre teve medo de que algum vampiro me mordesse. O que será que está retardando a mutação? Valha-me Santa Clara”!

Depois que se recuperou do susto Magno perguntou?

- Voce me mordeu seu miserável

- Claro que sim! E dei a voce meu sangue enquanto estava oscilando entre estar vivo e estar morto e também apliquei o vírus em voce e nada aconteceu.

- Vírus!!! Que vírus seu maluco?

- Eu dei aos vampiros que eu criei e a todos que encontrei e aprisionei sangue sintético contaminado com um vírus que eu desenvolvi. Esse vírus causa a regressão genética, infecção, e evolução do vírus.

- E o que eles se transformaram com esse tal vírus?

- Nos vampiros morcegos que voce viu quando eu o carregava até minha mansão.

- Aquele era voce? Aquela é a sua forma vampírica?

- Se assustou? Bela e poderosa forma vampírica! E também indestrutível. Apenas raios ultravioletas podem me ferir, e eu providenciei para que eles se apaguem completamente, jogando essa montanha e, por conseguinte os mundos em total escuridão. Com o soro do meu sangue eu criei um vírus para livrar o mundo dos seres humanos, essa raça ingrata. Voces seres humanos é que é o vírus. Eu sei que os vampiros não são a força dominante no cosmo, porque não sabem se organizar. As características humanas valem a pena serem preservadas. Como a engenhosidade humana, a alto confiança. Essas são umas das características que frustram os vampiros, em parte, porque permite que os humanos floresçam e nós como espécie não possuímos. Os vampiros deveriam aprender com os humanos e depois destruí-los. Não antes como fazem. Estou aprendendo tudo e por fim terão seu fim. 

- Voce é um louco!

Louco? Voce acha?  Quero ver o que falará depois do que irá me ver fazer: voce vai me ver terminar o ritual para que a escuridão seja eterna...

E diante do olhar apavorado do Cigano que estava impossibilitado de agir, o Almodoha começou a evocar a escuridão com o conhecimento arcano que existe em tudo no universo. 
Dentro de um pentágono ele concentrou toda energia que na realidade formava apenas uma energia universal. Esta energia era conectada aos seres do universo e esta conexão era chamada de “Escuridão perene”. Ao manipular esta conexão Almodoha poderia obter os eventos que quisesse através do uso das evocações e manipulações necessárias. Ele estava utilizando sua energia e a energia universal para fazer ocorrer o que desejava. Magno não podia evocar energias contra, porque seu poder não é ejetado por manipulações e sim pela força da mente e de suas mãos que estão presas separadas. Após algumas palavras repetidas incansavelmente e movimentos das mãos... No centro do pentágono, abriu-se uma espécie de buraco negro que girava velozmente só que ao invés de sugar, de dentro dele começaram a escapulir sombras continuas... 

O Cigano estava desesperado tentando trazer seu “AMAHRU” sem conseguir....

Continua.... 

Comentários

  1. Fantástico perfeito 👏👏👏👏👏. Senti as sensações do Almodoha na narração. Vc é demais garota.

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    1. Obrigada pela presença constante Sandrinha e os elogios.

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  2. Muito bom como você mostrou onde e o que aconteceu com cada um dos amigos. Magno estava numa enrascada e entrou em uma maior ainda 😁
    Amauri!!

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    1. Pois é Pipôco ele precisa reagir! Pensar em alguma coisa o Vampirão é indestrutível, mas eu deixei uma dica nesse capítulo ...

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